Mãos

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Caminharam a pé até encontrar um restaurante. As mesas e cadeiras, dispostas de frente para o sol, não eram muito diferentes de outras tantas que viram por ali. A tapeçaria com traços geométricos marcadamente coloridos, denunciava, a todo momento, que o Rio de Janeiro ficara para trás. Procurando afeto, a mão caminhou para o lado, querendo encontrar um par. Encostou e ficou. Mas não se entrelaçou. Sabia que entregas de amor verdadeiro, dessas que vão além de mãos e bocas, precisam de coragem. E ele ainda tinha medo. Mantiveram-se na individualidade que se toca, afastando-se da pluralidade que se funde.

Aline Serfaty

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Revisado por Fabiana Serra 

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