Na Superfície

Breach, Michele Poirier Mozzone, @michelemoz

Ele a vê e a deseja. Trocam olhares, palavras e intimidades. O ciclo se inicia…

“Tua profundidade me obriga a ser profundo para te conquistar
E assim, te espelho e sinto a intensidade da tua alma
Regozijo em êxtase
Ao final da conquista, te sinto minha
Toco o medo. Permanecer na profundidade exige fôlego, mas o ar me falta
Migro inconscientemente para a superficialidade segura, respirável
Neste lugar de pouca água, dou pé e vejo o fundo
Com a mesma clareza que vejo meus dedos na areia, percebo minha insatisfação
O raso pode ter apenas uma cor
Anseio pelo intenso, colorido, incerto
Onde vejo teu brilho e sinto tuas emoções
Mas não é fácil ver emoção
Ainda mais difícil sentir
Transito entre raso e profundo, sombra e luz, sempre de máscara
Mostro minha persona, escondo meu eu
Protegido de mim, de quem sou, de olhos e olhares, o tempo passa
Decido fechar mais um ciclo
Escolho uma narrativa para mim
Conto a narrativa para ela
E a descarto
Permaneço no raso
Desconecto-me desta
Para recomeçar com outra
Profundamente”

Aline Serfaty

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Revisado por Fabiana Serra 

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2 comentários sobre “Na Superfície

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