Ela vestiu seu casaco vermelho e partiu. Largou para trás a bolsa e traços de subserviência. Dentro dos bolsos, coragem para fechar o tal casaco. Era frio lá fora. Na cabeça, o gorro para manter aquecida as ideias. Naquele momento, seus pensamentos cegavam-na. Andando sempre em frente, viu portas setorizadas por tamanhos. Nunca se afeiçoou a padrões e então, não abriu nenhuma. Buscava, mesmo, era a saída e dobrou à esquerda. Aproximou-se do coração.
Aline Serfaty
Curtíssima e incisiva. Muito boa….
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É isso. Há momentos em que precisamos virar a página. Não dá para olhar para trás. Acho que “o casaco vermelho” dá o tom da mudança.
Lindo texto. Bjs
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Exatamente!
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Oi Aline, texto perfeito! Sua sensibilidade e percepção sempre me surpreendem. Você descreveu com muita precisão esse momento que simbolizou os desafios de um passado que ficou para trás. A decisão de ir em frente, convicta e segura sem a certeza do conhecido me levou a novos caminhos. Importantes caminhos…
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