Efêmeros, os nossos encontros duram o tempo dos nossos encontros. Um passeio, um beijo e o adeus.
Viro de costas, lágrima que não cai. Por trás do meu olhar, ela permanece retida, controlada, aprendeu seu lugar. Insisto e me viro, no afã de encontrar o teu olhar. Mas vejo tuas costas.
Para onde olhas e o que sentes? Homem que se esconde. Atrás do teu coração, um mar de emoção. À frente, razão. Será que percebes? Sei que dói. Dói aqui. Dói aí.
Continuamos andando, paralelos.
Curvos, apenas nossos pensamentos que teimam em se cruzar, desafiando as retas de um mundo ilusório, no qual nos acreditamos protegidos da dor.
E do amor.
Aline Serfaty
Revisado por Fabiana Serra
Quando o coração pede mais curvas do que retas é sinal de que as retas já viraram um precipício.
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Sensacional, Paulo! Concordo totalmente.
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