
Caminhando por águas rasas, reverenciou a estrela que viu. Tocou-a para descobri-la áspera e carregou-a para assegurar-se de que aguentaria seu peso. Por fim, cuidou, porque a percebeu rara. Pensou ter finalmente encontrado uma estrela cadente e seguiu por todos os dias daquela semana procurando outras. Desejou que fosse tão grande, tão vermelha e tão bela como aquela. A estrela, por sua vez, também reconheceu raridade naquele ser. Tocada com carinho e carregada com amor, soube que ele era diferente de tantos outros que por ali passaram. Quis acariciar-lhe os cabelos cacheados, mas dispunha somente de braços. Faltavam-lhe mãos. Assim, continuou ali, imóvel. E sentiu profundamente, reconhecendo-o anjo. Encontraram-se, afinal.
Aline Serfaty
facebook.com/contocurtasetcetera
Revisado por Fabiana Serra
A beleza da foto, e com certeza, do momento, inspirou esse conto de sutileza rara…
Espiritual…
Sensibilidade que toca a alma.
Fiquei feliz!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Que lindo! As mãozinhas em direção à estrela, cheio de cuidado. Maravilhoso!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Lindo!
CurtirCurtido por 1 pessoa