Os dedos tamborilavam e as pernas sacudiam-se, afastando o vento, sugado em inspirações profundas, e expirado em suspiros, na cadência da ansiedade. Os olhos, fixos no horizonte, não viam nada além das palavras que pretendia organizar de forma a dizer-lhe o que mais queria. A quem mais queria. Nos segundos que transcorreram entre tudo o que pensou, digitou e enviou, entendeu que seus limites poderiam se extinguir.
“Venha!”- foi a resposta que leu.
Despudor e calor emaranhados a mãos, pés e fios de cabelo. Coração buscando rima na batida do outro. Rigidez e complacência sob a pele, que gritava, transpirando.
Pensou no que sentia e desejou que fosse para sempre.
Eternidade e paixão – díspares.
E na corda bamba da disparidade, seguem desafiando a eternidade.
Até hoje.
Aline Serfaty
facebook.com/contocurtasetcetera
Revisado por Fabiana Serra
Intenso , visceral, verdadeiro. Adoro teu estilo literário.
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Obrigada! Fico feliz!!
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Realmente estou impressionada com a sua arte. Você nasceu pra isso!
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